Marcelo Sabbatini

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Seis (supostos) “erros” dos alunos que nos ensinam sobre Educação

24 de abril de 2020 By Marcelo Sabbatini

São imagens que circulam nas redes sociais, geralmente acompanhadas do enunciado: “professor sofre”. Seriam respostas de alunas e alunos à provas e exercícios, refletindo seu baixo nível intelectual, sua indisciplina, sua falta de interesse, ou tudo isso junto.

Porém, se analisados com mais de atenção estes supostos “erros” mostram que o problema talvez não esteja nos alunos. Ele está na concepção pedagógica e educacional, no tipo de avaliação utilizado e na própria postura do professor. Sob este olhar, tais respostas podem ser entendidas como reações, como um manifesto dos estudantes contra o quê e como estão aprendendo. A meu ver, são oportunidades que nos ensinam sobre a Educação, aquela que queremos superar e a que realmente desejamos.

E quais são estes “erros”?

1. Foco na memorização e transmissão da informação

No estudo das teorias da Educação, assim como em suas aplicações pedagógicas, ela é um tema recorrente. A chamada “Pedagogia Tradicional” tem como foco a transmissão de conhecimento, tendo como base a teoria de que este existe fora do sujeito, que é algo concreto, que pode ser “absorvido” e “transmitido”. Já nas primeira décadas do século XX esta pedagogia era questionada pelos adeptos da “Escola Nova”; posteriormente educadores progressistas de todas orientações e nacionalidades também a criticariam, como Paulo Freire, com sua “concepção bancária”.

Contudo, apesar das críticas, tanto a epistemologia empirista e a pedagogia tradicional continuam vivas e presentes na sala de aula. Podemos percebê-las em avaliações cujo foco são a memorização de conceitos. Particularmente no ensino de Ciências, esta postura reflete uma separação entre teoria e prática, entre a simples recitação de definições e seu entendimento e capacidade de aplicação na vida cotidiana.

Um exemplo? O enunciado da prova a seguir, que me remete a meus tempos escolares, ano após ano copiando o esquema de destilação da lousa, sem chegar nem perto da prática:

Explique resumidamente o processo de distilação simples. Faça uma linha no chão. Atravesse-a e você estará daquele lado, atravesse de novo e você estará destilado. Viu como é simples?

Explique resumidamente o processo de destilação simples.
Faça uma linha no chão. Atravesse-a e você estará daquele lado, atravesse de novo e você estará destilado. Viu como é simples?

Será que a atitude do aluno foi realmente a de indisciplina, segundo o comentário da professora (ou professor)? Ou não seria uma uma ironia, diante de uma pergunta que mostra um vazio de criatividade e de preocupação com a aprendizagem significativa?

Outro exemplo:

O que terminou em 1896? 1985.

O que terminou em 1896?
1895.

Pela sagacidade, intuo uma ironia diante de uma pergunta que somente pretende avaliar a “absorção” de fatos. Não se trata de não saber a resposta correta, mas a um “dar de ombros” diante de um algo que não parece ter relevância, do ponto de vista do estudante.

Se antes mencionei as Ciências, a História também é uma disciplina que sofre deste fetiche pelos fatos, isolados no espaço e no tempo:

Onde a Declaração da Independência foi assinada?

Onde a Declaração da Independência foi assinada?
No final [da página].

Concluindo, estas respostas que transitam entre a ingenuidade e a ironia revelam que os alunos são críticos do tipo de educação que recebem, conscientes da significância e aplicabilidade daquilo que aprendem (ou não) para sua vida futura.

2. Qualidade das perguntas relacionada à qualidade das respostas

Outro ponto a ser pensado é a preparação das questões em si. Além da concepção de Educação, como visto anteriormente, e do foco na transmissão de conteúdos, a própria formulação da pergunta pode induzir ao “erro”. 

Encontre X. Ele está aqui!

Encontre X.
Ele está aqui!

Neste exemplo tenho certeza de que não foi ironia, mas de que a aluna ou aluno realmente se entusiasmou, ao perceber que tinha resolvido um problema de Matemática. E sob todos os aspectos, sua resposta está correta. Errado está o docente, que zerou a questão; não sou especialista em direito educacional, mas penso que aí  existe base para um “processinho”, se os pais desejassem.

Não sei. Parece que às vezes os professores não pensam muito a respeito das questões que eles mesmos elaboram. Este Warren, por quem nutro bastante simpatia, teve muito mais senso crítico, para não dizer bom senso, que seu professor.

Desenhe como você será daqui a cem anos. Daqui a cem anos eu vou ter ____ anos.  Warren. Descanse em Paz

Desenhe como você será daqui a cem anos. Daqui a cem anos eu vou ter ____ anos.
Warren. Descanse em Paz

Algumas vezes, os alunos podem inclusive dar uma lição de civilidade, diante da baixa qualidade dos livros didáticos que incorporam todo tipo de viés em suas avaliações.

O homem afagou o cachorro. (você não deve bater em cachorros)

O homem afagou o cachorro. (alternativas: adequou, bateu)
(resposta da aluna: você não deve bater em cachorros) 

Mesmo em questões abertas, se você pergunta, esteja preparado para as respostas inesperadas…e sinceras.

Numa palavra, descreva a escola. INFERNO

Numa palavra, descreva a escola.
INFERNO

3. Subestimação da capacidade dos alunos

Uma das principais críticas que os movimentos de desescolarização (como o home schooling) ou reescoralização fazem à instituição escolar é seu caráter massivo, incapaz de atender às necessidades individuais dos aprendizes. Somando a este fato alguns dos “pecados” anteriores, encontramos alguns exemplos onde o tal “erro” do estudante consiste numa reação ao professor, que subestima sua capacidade intelectual.

O exemplo abaixo é chamativo, principalmente quando analisamos os detalhes da imagem. Vejamos: aqui o exercício ou prova é realizado na língua materna e numa idade relativamente avançada, como vemos pelo comentário da professora e pela capacidade de escrita da aluna, respectivamente.

Vamos lá, sinceramente, que pergunta mais absurda é esta? Não é óbvio? Por que uma criança inteligente e criativa iria perder seu tempo respondendo algo tão simplório? Judy, por quem também tenho muito simpatia, respondeu sem se preocupar com as regras, aparentemente numa recorrência de seu comportamento questionador. Mas a professora, presa em suas próprias concepções, ainda se prontificou a corrigir a questão, levando a sério a comédia.

Este menino está (sic) FEIO. a. triste. b. feliz. c. feio.

Este menino está (sic) FEIO.
a. triste
b. feliz
c. feio

(Detalhe: o menino é feio mesmo).

4. A falsa contextualização

Diante das críticas à pedagogia tradicional, e especialmente na área de Matemática, uma das respostas da academia foi a necessidade de contextualizar os conhecimentos. Não mais saberes isolados, distantes da vida cotidiana e da prática das alunas e alunos, mas integrados, evidenciando sua significância.

A mensagem da contextualização, contudo, ou não é compreendida ou sofre em sua implementação pragmática. Consequentemente, os enunciados apresentam situações e personagens, mas o problema a ser resolvido ainda é puramente abstrato, numa falsa contextualização. E os alunos frequentemente são aqueles que reconhecem este dilema.

Após lançar 2014 vezes uma moeda, Antônio contou 997 caras. Continuando a lançar a moeda, quantas caras ele deverá obter para que o número de caras fique igual à metade do número total de lançamentos? Antônio precisa de um psiquiatra.

Após lançar 2014 vezes uma moeda, Antônio contou 997 caras. Continuando a lançar a moeda, quantas caras ele deverá obter para que o número de caras fique igual à metade do número total de lançamentos?
Antônio precisa de um psiquiatra.

Novamente, alguns interpretarão como “erro”, como incapacidade de responder à pergunta, como preguiça, como falta de caráter. Mas esta é uma posição mais cômoda que assumir o fato de que suas disciplinas e avaliações não dialogam com a realidade dos estudantes.

5. Pensamento lateral

Na atualidade, é muito comum encontrar discursos nos quais se defende que a Educação deve promover a criatividade, a capacidade de propor soluções, de “pensar fora da caixa”.  Pensamento lateral tornou se uma expressão chave neste contexto. Contudo, o sistema educativo não parece acompanhar essa visão.

Miranda não consegue ver nada quando ela olha no microscópio. Sugira uma razão. Ela é cega.

Miranda não consegue ver nada quando ela olha no microscópio. Sugira uma razão.
Ela é cega.

Este caso me revolta, particularmente, por alguns motivos:

  • A resposta é correta, do ponto de vista lógico. Não é a resposta desejada, aquela que está no livro do professor, mas é justa e precisa.
  • A professora ou professor insiste em sua soberba, assumindo que o aluno tentou enrolar (“boa tentativa!”).
  • A resposta é ainda mais correta, do ponto de vista da inclusão educacional. Isto é, se houvesse uma aluno com deficiência visual na sala, como ele poderia aprender sobre o microscópio?

6. Perspectivas epistemológicas

Os “erros” dos alunos também podem ser reveladores, no sentido de evidenciar formas de pensamento. Respostas inesperadas que nos fazem inclusive pensar sobre como acessamos e lidamos com o conhecimento. Elas nos faz pensar epistemologicamente, para colocar de outra forma.

Abaixo, o estudante, tal vez sem querer, evidenciou a relação entre linguagem natural e linguagem matemática. Tirar o “centi” significa exatamente tirar 100, dividir por 100. A operação realizada no âmbito semântico é a mesma realizada matematicamente. Resposta correta.

Para transformar centímetros em metros você__? Tira o centi.

Para transformar centímetros em metros você__?
Tira o centi.

Mas minha preferida, neste ponto epistemológico, é a seguinte:

Você deve assumir o papel de um imigrante chinês em 1870 e escrever uma carta para casa descrevendo sua experiência. Sua carta deve incluir suas contribuções e experiências no Oeste.

Você deve assumir o papel de um imigrante chinês em 1870 e escrever uma carta para casa descrevendo sua experiência. Sua carta deve incluir suas contribuições e experiências no Oeste.

Diferente dos outros exemplos, aqui a professora ou professor de História caprichou. Não pediu fatos, nem datas. Estimulou a criatividade, a aplicação de saberes. Um exercício interessante, mas com um porém.

Wittgenstein, um filósofo, escreveu:

Os limites da minha linguagem são os limites do meu mundo.

Isto é, através da linguagem criamos nossos pensamentos e a forma como vemos a realidade. Portanto, a “experiência” do chinês somente pode ser autêntica, se relatada em sua própria linguagem. Ideias, crenças, atitudes, inclusive sentimentos se manifestam através da linguagem e podem ser característicos e únicos a um determinado idioma.

Então será que o aluno somente “enrolou”? Ou teve uma percepção, intuitiva, desta premissa epistemológica?

Nunca vamos saber. Mas penso que vale a pena “escutar” as respostas de nossos alunos com mais atenção e menos pedantismo docente.

A violência simbólica está viva e pululante!

21 de março de 2018 By Marcelo Sabbatini

“Professor tem que saber dar aula”. Com esse argumento, muitas pessoas questionam o por quê de se estudar teorias sociológicas, filosóficas, antropológicas e ainda mais teorias que foram elaboradas décadas ou anos atrás. Afinal, que relevância elas teriam no dia a dia de um educador? Não é tudo “blá blá blá”?

Minha resposta é simples, estas teorias estão vivas, no sentido de que elas explicam fatos e situações muito, mas muito presentes. Quando você menos espera, ela lhe dá um susto.

Se não, veja a imagem abaixo. Aparentemente inocente, este bilhete da escola para os pais circulou nas redes sociais, causando uma justa polêmica.

cabelo liso e violência simbólica

Se você não vê nenhum problema neste aviso é por que possivelmente você não teve acesso à discussão da relação entre educação e sociedade. E particularmente, a um conceito elaborado pelo sociólogo francês Pierre Bourdieu, chamado de violência simbólica.

De que se trata? Vamos à teoria?

Resumidamente, Bourdieu  faz parte de uma tradição de pensadores que na década de 1970 passaram a ver na escola um mecanismo de reprodução das desigualdades sociais; são os chamados “crítico-reprodutivistas”.

Particularmente, no livro A Reprodução, escrito em 1970 conjuntamente com Jean-Claude Passseron, Bourdieu descreve alguns mecanismos através dos quais os indivíduos incorporam a estrura da sociedade, adequando-se a forma de pensar, agir e sentir do grupo, mesmo que de forma não consciente. É chamativo o subtítulo do livro, “elementos para uma teoria do sistema de ensino”.

Uma peça chave desta teoria é o conceito de violência simbólica, isto é, a legitmação da dominação através do estilo de vida, de acordo com os valores que são considerados aceitáveis pela mentalidade dominante. No campo da linguagem, por exemplo, a correção gramatical, o sotaque, a habilidade no uso das palavras e as construções empregadas estão relacionadas à posição social de quem a utiliza. Mais que isso, ela é uma ferramenta de poder, na medida que estabelece graus de hierarquia. Fale “diferente” e seja discriminado.

Com isso, voltamos a nosso aviso. Vamos analisá-la. A escola, institucionalmente, declara que:

“Para que nossa apresentação [de Natal] fique ainda mais bonita…”

E logo estabelece o padrão de beleza em relação ao penteado das meninas: “cabelo liso e solto”. O texto é reforçado pela foto utilizada, de uma criança com traços europeus e que, segundo os comentários nas redes sociais, “nem parece brasileira”.

A associação é clara: bonita é aquela menina que tem o cabelo liso e solto. Se a menina tiver o cabelo crespo, como boa parte da população brasileira e principalmente a afrodescente, ela não é bonita. De certa forma, o que a escola está dizendo é: “aqui não é seu lugar”, “eu não lhe pertenço”. Segundo os pensadores crítico-reprodutivistas, o chamado fracasso escolar, isto é a repetência e a evasão, seria uma consequência, fechando o ciclo da reprodução das desigualdes sociais.

Não é um detalhe, não é uma besteirinha qualquer, não é “mi-mi-mi”. Estamos vendo a violência simbólice viva e pululante. Este tipo de ação, nem tão sutil, pouco a pouco é percebida como algo legítimo, principalmente por aqueles que são diferentes do padrão dominante estabelecido (cabelos lisos e soltos), mantendo assim a dominação. É uma violência que se torna natural, na expressão de Bordieu.

Tampouco trata-se de uma caso isolado. Neste outro bilhete que  virou notícia, a violência simbólica resulta em ação disciplinar direta, com a ameaça de punição à não-adesão ao padrão. Com isto vemos que a escola, enquanto instituição reforça o preconceito e a desigualdade, assim como prevê a teoria.

Olá! Mamãe Débora, peço-lhe se possível aparar ou trançar o cabelinho dos meninos, eles são lindos, mais (sic) eu ficaria mais feliz com o cabelo deles mais baixo ou preso. Beijos, Fran.

Felizmente, e aí vem a principal razão do por quê se estudar as teorias sociológicas da educação, a tomada de consciência em relação às situações expostas pelas teorias crítico-reprodutivistas expuseram estes abusos e abriram espaço para ações de superação do caráter conservador e excludente da educação.

E particularmente para a formação de futuros professores, pedagogo/as e licenciado/as, o conhecimento destes mecanismos de exclusão presentes na sociedade são essenciais para que ele se sensibilizem e possam agir em sua futura prática profisisonal.

Um exemplo, totalmente ligado a nosso caso, foi a campanha de valorização do cabelo crespo, realizada na instituição a qual eu pertenço, a Universidade Federal de Pernambuco. A questão também é tem sido abordada nacionalmente através do momvimento Encrespa Geral, um projeto de ação social que busca “tratar das temáticas do genocídio estético, incentivo ao uso do cabelo natural e temáticas relacionadas.

Encrespa Geral

Como vimos, valores e atitudes estão profundamente entranhados em nossa forma de vida, portanto é necessária uma ação afirmativa, em alto e bom som, para que uma mudança de percepção e de comportamento seja iniciada.

Espero com estes exemplos ter chegado a uma conclusão do questionamento inicial: não é somente válido, é necessário que futuros professores, técnicos educacionais, gestores educacionais, conheçam teorias que na atualidade possuem relevância . Elas estão aqui, entre nós, vivas.

Você tem mais exemplos de violência simbólica na atualidade? Compartilhe, comentando o post.

Para saber mais

SOUZA, Liliane Pereira. de. A violência simbólica na escola: contribuições de sociólogos franceses ao fenômeno da violência escolar brasileira. Revista LABOR, n. 7, v.1, 2012; [online]. Disponível em: <http://www.revistalabor.ufc.br/Artigo/volume7/2_A_violencia_simbolica_na_escola_-_Liliane_Pereira.pdf>.

Movimento Encrespa Geral
Vídeo institucional

Participe do debate sobre as fronteiras da educação no Facebook

28 de janeiro de 2016 By Marcelo Sabbatini

Primeiro, eu pensava “mas este pessoal não sabe ler, não vê que é um grupo fechado?”

Burramente, confesso, pois todos os pedidos de entrada nos grupos que utilizo como apoio com as turmas da disciplina presencial estavam mostrando uma demanda reprimida por um espaço de debate.

Pois aqui está!

Fronteiras da Educação

 

https://www.facebook.com/groups/fronteirasdaeducacao/

Desafios da educação brasileira no século XXI

25 de setembro de 2012 By Marcelo Sabbatini

1 Globalização

Neoliberalismo

ARCE, ALESSANDRA. Compre o kit neoliberal para a educação infantil e ganhe grátis os dez passos para se tornar um professor reflexivo. Educ. Soc. [online]. 2001, v.22, n.74, pp. 251-283. ISSN 0101-7330.  Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/S0101-73302001000100014>. Acesso em 12 set. 2012.

PARO, Vitor Henrique Paro. Parem de preparar para o trabalho: Reflexões acerca dos efeitos do neoliberalismo sobre a gestão e o papel da escola básica. In: FERRETTI, Celso João et alii; orgs. Trabalho, formação e currículo: para onde vai a escola. São Paulo, Xamã, 1999. Disponível em: <http://www.pedagogia.seed.pr.gov.br/arquivos/File/
Docs%20CGE/parem_de_educar_para_trabalho.pdf
>. Acesso em 12 set. 2012.

Multi e interculturalidade

FLEURI, Reinaldo Matias. Intercultura e educação. Revista Brasileira de Educação, n. 23, p. 16-35. maio/hun/hul/ago 2003. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbedu/n23/n23a02>. Acesso em 24 set. 2012.

FERNANDES, Bernardo. Globalização e multiculturalismo. REDH Brasil – Capacitação de Educadores da Rede Básica em Direitos Humanos, s.d. Disponível em: <http://www.redhbrasil.net/documentos/bilbioteca_on_line/
modulo3/1.globalizacao_bernardo.ppt
>. Acesso em 24 set. 2012.

2 Tecnologias

Inclusão digital

BECKER, Maria Lucia. Inclusão digital: os limites e desafios da tecnologia
como fator de inclusão social e cidadania. Emancipação, Ponta Grossa, v. 8, n. 2, p. 49-57, 2008. [online]. Disponível em <http://www.revistas2.uepg.br/index.php/emancipacao/article/viewArticle/123>. Acesso em 24 set. 2012.

DEMO, Pedro. Inclusão digital – cada vez mais no centro da inclusão social. Inclusão Social [online], Brasília, v. 1, n. 1, p. 36-38, out./mar., 2005. Disponível em: <http://revista.ibict.br/inclusao/index.php/inclusao/article/view/4>. Acesso em 24 set. 2012.

Cibercultura

SILVA, Marcos. Educação na cibercultura: o desafio comunicacional do professor presencial e online. Educação e Contemporaneidade [online], v. 12, n. 20, p. 261-271, jul./dez., 2003.  Disponível em: <http://www.uneb.br/revistadafaeeba/files/2011/05/numero20.pdf>. Acesso em 24 set. 2012.

NAVARRO, Vinicius. Os sentidos da convergência: entrevista com Herny Jenkins. Contracampos, n. 21, p. 2-
26, 2010. Disponível em:
<http://www.uff.br/contracampo/index.php/revista/article/viewPDFInterstitial/77/57>. Acesso em 12 mar.
2011.
(a partir da página 14, versão emp português)

3 Precarização

Precarização do trabalho docente

LAPO, Flavinês Rebolo and BUENO, Belmira Oliveira. Professores, desencanto com a profissão e abandono do magistério. Cad. Pesqui. [online]. 2003, n.118, p. 65-88. ISSN 0100-1574. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/S0100-15742003000100004>. Acesso em 12 set. 2012.

SAMPAIO, Maria das Mercês Ferreira and MARIN, Alda Junqueira. Precarização do trabalho docente e seus efeitos sobre as práticas curriculares. Educ. Soc. [online]. 2004, vol.25, n.89, p. 1203-1225. ISSN 0101-7330. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/S0101-73302004000400007>. Acesso em 12 set. 2012.

Espaço escolar

MADEIRA, Felícia Reicher. Violência nas escolas: quando a vítima é o processo pedagógico. São Paulo Perspec. [online]. 1999, vol.13, n.4, p. 49-61. ISSN 0102-8839. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/S0102-88391999000400006>. Acesso em 19 set. 2012.

NJAINEL, Kathie; MINAYO, Maria Cecília de Souza. Violência na escola: identificando pistas para a prevenção. Interface – Comunic, Saúde, Educ [online], v.7, n. 13, p.119-34, ago 2003. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/icse/v7n13/v7n13a08.pdf>. Acesso em 19 set. 2012.

ABREU, Marisa. Alimentação escolar: combate à desnutrição e ao fracasso escolar ou direito da criança e ato pedagógico? Em Aberto [online], v. 15, n. 67, 1995. Disponível em: <http://rbep.inep.gov.br/index.php/emaberto/article/viewFile/1002/905>. Acesso em 19 set. 2012.

ELALI, Gleice Azambuja. O ambiente da escola – o ambiente na escola: uma discussão sobre a relação escola-natureza em educação infantil. Estud. psicol. (Natal) [online], v. 8, n. 2, Aug. 2003. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-294X2003000200013&lng=en&nrm=iso. Acesso em 19 set. 2012.

TEIXEIRA, Roberta Araújo. Espaços, recursos escolares e habilidades de leitura de estudantes da rede pública municipal do Rio de Janeiro: estudo exploratório. Rev. Bras. Educ., [online] o, v. 14, n. 41, Aug. 2009 . Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-24782009000200003&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 19 set. 2012.

DA SILVA, Ricardo; YAMASHITA, Yaeko. Análise dosprincípios de igualdade e critérios de distribuição de recursos para o transporte escolar rural. Congresso da Associação Nacional de Pesquisa e Ensino em Transportes – ANPET, 2008. Anais…[online]. Disponível em: <http://www.anpet.org.br/ssat/interface/content/autor/trabalhos/publicacao/
2008/89_AC.pdf>
. Acesso em 19 set. 2012.

4 Transformações

Movimentos sociais

GOHN, Maria da Glória. Movimentos sociais na contemporaneidade. Rev. Bras. Educ., Rio de Janeiro, v. 16, n. 47,  ago. 2011 . Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-24782011000200005&lng=en&nrm=iso>. Acesso em set. 2012.

Educação popular

GADOTTI, Moacir. Paulo Freire e a educação popular. Proposta, n. 113, 2007. Disponível em: <http://www.fase.org.br/v2/admin/anexos/acervo/1_gadotti.pdf>.
Acesso em 12 set. 2012.

5 Universalização

Direitos humanos

BRASIL. Comitê Nacional de Educação em Direitos Humanos. Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos [online]. Brasília : Secretaria Especial dos Direitos Humanos ; Ministério da Educação, 2003. Disponível em <http://netica.org.br/educadores/cartilha/plano-educdh.pdf>. Acesso em 24 set. 2012.

RABENHORST, Eduardo R. O que são direitos humanos? REDH Brasil – Capacitação de Educadores da Rede Básica em Direitos Humanos, s.d. Disponível em: <http://www.redhbrasil.net/documentos/bilbioteca_on_line/modulo1/
1.o_q_sao_dh_eduardo.pdf
>. Acesso em 24 set. 2012.

Minorias sociais e diversidade

DINIS, Nilson Fernandes. Educação, relações de gênero e diversidade sexual. Educ. Soc. [online], v.29, n.103, p. 477-492, 2008. ISSN 0101-7330. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0101-73302008000200009. Acesso em 24 set. 2012.

PEREIRA, Paula de Abreu. Educação das relações étnico-raciais na escola. Cadernos do CEOM [online], Chapecó, n. 32, 2010. Disponível em:http://apps.unochapeco.edu.br/revistas/index.php/rcc/article/view/681/442. Acesso em 24 set. 2012.

Livro didático Fundamentos da Educação

13 de março de 2012 By Marcelo Sabbatini

Fundamentos da Educação

A obra aborda alguns dos principais problemas teóricos e práticos da educação. Buscando soluções não só a partir do enfoque pedagógico, mas também sociológico, antropológico, filosófico e histórico. De modo algum o livro esgota o tema, que se renova dia a dia, mas aponta para potencialidades esquecidas da teoria e prática docente e mostra alternativas para algumas urgências. Assim, a obra se torna importante não só para os presentes e futuros professores, mas também para todos que estão envolvidos e preocupados com os rumos da educação.

Esta é a proposta deste livro coletivo, elaborado junto com os colegas do Departamento de Fundamentos Sociofilosóficos da Educação, sob a coordenação dos professores André Ferreira, Gildemarks Costa e Junot Matos.

Minha contribuição está no último capítulo, com o título “Fundamentos da Educação e Educação a Distância: construindo pontes imaginárias”, onde abordo a relação entre as contribuições clássicas da filosofia e da sociologia da educação com o fenômeno atual da tecnologia educacional, especificamente da educação a distância.

A obra é o número 30 da Série Livro-Texto e tem como público principal os estudantes da disciplina Fundamentos da Educação.

Para comprar o livro, diretamente no site da Editora Universitária UFPE ou para ler online, na UFPE Books .

A pedagogia do oprimido

24 de maio de 2011 By Marcelo Sabbatini

paulo freire pedagogia do oprimido

1) A partir da leitura do capítulo 2 de “Pedagogia do Oprimido”, elabore uma tabela comparando as concepções “bancária” e “problematizadora”.

2) Segundo o seu entendimento, a conscientização do educando é um processo interno, que se dá no interior do indivíduo? Ou é algo que, necessariamente, tem que vir de fora, sendo “introduzida” pelo educador? Ou, perguntando de outra forma: a pessoa se conscientiza ou é conscientizada? Ou ainda: você acha que a educação escolar tem o poder de modificar, para melhor, a “natureza” dos indivíduos?

3) Segundo Paulo Freire, existe uma “medida” ou uma forma de atestar se uma pessoa é ou não consciente? Se sim, como seria isso? Se não, como avaliar se um projeto educativo é “conscientizador”?

4) Leia, veja, reflita:

a) Um educador humanista, revolucionário, não há de esperar esta possibilidade (a contradição da educação bancária). Não fazemos esta afirmação ingenuamente. Já temos afirmado que a educação reflete a estrutura do poder, dai, a dificuldade que tem um educador dialógico de atuar coerentemente numa estrutura que nega o diálogo. Algo fundamental, porém, pode ser feito: dialogar sobre a negação do próprio diálogo (Paulo Freire)

b) Assista o depoimento da professora Amanda Gurgel diante da Câmara dos Deputados do Rio Grande do Norte:

Diante do exposto, reflita sobre os limites e desafios do papel transformador da sociedade, frequentemente atribuído aos professores.

Bibliografia

Paulo Freire – Pedagogia do oprimido (capítulo 2) from Marcelo Sabbatini

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 17 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.

SAVIANI, Demerval. História das idéias pedagógicas no Brasil. 2. ed. Campinas: Autores Associados, 2008.

O tecnicismo revisitado

24 de maio de 2011 By Marcelo Sabbatini

tecnicismo e tecnologia educacionalO engenheiro Alexandre Dias, de 38 anos, não é mais diretor-geral do Google no Brasil. Nesta quinta-feira, o executivo anunciou seu desligamento da empresa de tecnologia para assumir o cargo de presidente da Anhanguera Educacional, rede de ensino superior que conta com 300 mil alunos espalhados em faculdades localizadas em 40 cidades e que faturou R$ 1 bilhão em 2009, aumento de 40% em relação ao ano anterior.

Nos próximos cinco anos, a Anhaguera Educacional espera superar um milhão de alunos matriculados. Hoje, o mercado brasileiro de educação soma sete milhões de alunos, sendo que mais de 70% estão matriculados em redes privadas. De acordo com a Anhanguera Educacional, esse número deve aumentar nos próximos anos uma vez que existem 20 milhões de jovens, principalmente na classe C, que não têm diploma.

Algumas frases dita em entrevista:

“A educação é um setor que passa por um processo de profissionalização e que atrai capital e gestão de ideias. Mais do que nunca, é um setor que vai passar por uma revolução. Hoje a educação ainda é muito tradicional, usa giz e quadro para transmitir conhecimento. Tem gente que discute se esse é o melhor método de passar o conhecimento.”

“O que chama a atenção lá fora é a visão de escalabilidade da tecnologia na educação. Alguns grupos educacionais têm data center e oficinas de conteúdo que distribuem conteúdo em escala para milhares e milhares de alunos. É como navegar num portal ou numa loja virtual. Mas, ao invés de fazer uma compra ou ler uma notícia, você passa por uma experiência de aprendizagem.”

“É um salto grande. Mas em 2005 a empresa tinha 20 mil alunos. Naquela época, falar em 300 mil era um sonho distante. A ideia agora é acelerar o crescimento. Pelo histórico, isso é possível. Para atrair, vamos usar três alavancas. A primeira é o modelo orgânico de crescimento, onde visualizar espaços no mercado para faculdades e trabalhar o mercado da região. Também vamos fazer aquisições. A Anhanguera é a empresa que mais fez aquisições no mercado de educação”

O seguinte vídeo também ajuda a ilustrar alguns princípios desta proposta educacional:

1, Qual o pressuposto epistemológico implícito nesta visão de educação. Justifique.

2. Analise esta proposta educativa em função do esquema “agente – educando – mensagem – contexto- finalidade”.

3.Esta proposta pode ser entendida como um ressurgimento da tendência pedagógica chamada “educação liberal tecnicista”. Com esta informação e baseado leituras de material bibliográfico, responda:

a) Por que esta tendência se chama “liberal”?

b) Identifique três características da tendência tecnicista na educação.

c) A pedagogia tecnicista é “encarada como um instrumento capaz de promover, sem contradição, o desenvolvimento econômico pela qualificação da mão de obra, pela redistribuição de renda, pela maximização da produção”. Você acredita que este projeto é capaz de transformar a realidade social? Justifique.

4. Diante das discussões sobre o conceito de “educação”, “educador’, “pedagogia” e “práxis pedagógica”, posicione-se diante deste projeto educativo. Justifique, utilizando argumentos e buscando fundamentos em sua resposta.

Bibliografia

Marques neotecnicismo from Marcelo Sabbatini

MIRA, Marilia Marques; ROMANOWSKI, Joana Paulin. Tecnicismo, neotecnicismo e as práticas pedagógicas no cotidiano escolar. In: IX Congresso Nacional de Educação, III Encontro Brasileiro de Psicopedagogia, Curitiba, 26-29 de outubro de 2009, Anais…, Universidade Federal do Paraná, 2009.

SAVIANI, Demerval. História das idéias pedagógicas no Brasil. 2. ed. Campinas: Autores Associados, 2008.

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