Nativos digitais, geração Y, geração @, a tribo do dedão…
Na discussão sobre a inserção das tecnologias digitais em nossa sociedade, seja na cultura, na comunicação ou na educação, são vários os termos e tentativas de classificação. Em comum, eles se referem a um fenômeno cada vez mais percebido fora dos círculos acadêmicos, em nosso dia a dia.
Estamos falando dos jovens, cada vez mais jovens, que desde o princípio de suas existências já tiveram contato com todo tipo de equipamento tecnológico. Eles estabelecem assim uma nova forma de se relacionar com e através da tecnologia. Ao contrário dos “imigrantes digitais”, que tiveram contato com estas tecnologias de informação e comunicação em fases mais avançadas, os “nativos” mergulham na tecnologia como peixes na água.
Particularmente, de uma forma irônica, eu chamo este fenômeno de “o fator menino-chato” (inspirado neste vídeo). Chato, pois representa aquela criança que está roubando seu celular, o controle remoto da TV, que pede para ver a foto um milionésimo de segundo após ela ser tirada e, mais importante, que mantém uma avalanche de “o que é isso?” e “por quê”?
E chato por que este tipo de “pessoinha”, desde muito cedo habituado a fazer na prática, a aprender sozinho e a questionar, representa um verdadeiro pesadelo para a educação e para o professor tradicional, com sua aula expositiva e sua expectativa de obediência e de passividade. Mais do que a relação com a tecnologia, a geração digital estabelece uma nova forma de relação com o conhecimento.
Mas da teorização à compreensão pela imagem, eis o menino chato, eis a geração digital em ação:
PS: Arturzinho, aqui com dois anos e meio de idade, não é chato; pelo contrário, ele é bem legal, um menino curioso e bem comportado. A não ser claro, quando me expulsa do computador, pois chegou sua hora de “trabaiá”.