Primeiro foram os supermercados e shopping centers, logo os aeroportos e aviões. E paralelamente, o espaço virtual da Internet e das redes sociais também recebe uma classe emergente de consumidores-cidadãos até então excluídos de muitos processos de convívio social.
Para muitos, uma invasão de “gente diferenciada”, a deterioração de espaços antes exclusivos. Mas do que se trata realmente a “favelização” do ciberespaço? Será que estamos vivenciando o acirramento do preconceito e dos conflitos de classe, contrariamente à s utopias de igualdade e de participação que os teóricos das “novas tecnologias da informação e da comunicação” tanto propagaram?
O que a representação social dos “favelados digitais”, sistematizada em iniciativas dedicadas a capturar e interpretar o choque cultural (Tolices do Orkut ou Pérolas do Orkut) nos dizem?
Com aporte teórico da Folkcomunicação, a partir do dilema entre “excluídos” e “marginalizados”, o texto aborda o etnocentrismo e luta pelo território virtual e sua privatização.
Tal situação também se relaciona com a progressiva convergência digital, com uma inclusão digital limitada ao acesso a dispositivos. Juntos, levam a um processo de democratização de geração dos bens culturais marcados por uma “cultura do amador”, onde o ruído não se distingue mais do sinal (a mensagem).
Estas são algumas primeiras reflexões sobre o tema.
Leia e deixe sua opinião, comentando. Afinal, a Internet está virando uma “favela digital”? E o que isto pode significar?
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