Marcelo Sabbatini

O professor, queimando em chamas

Burnout

A defesa foi na semana retrasada, mas os resultados não eixaram de ser alarmantes: “o professor está doente em sala de aula”.

Esta é uma das conclusões da tese de doutorado defendida pela professora Maria Luiza Maciel Mendes no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Pernambuco.

De seu levantamento, mais de 50% dos docentes da rede municipal de ensino de Recife apresentam a síndrome de Burnout, estão “queimando em chamas”, com sintomas de depressão e esgotamento. Sentimento de realização profissional? A grande maioria não tem, estão despersonalizados não se sentem professores.

Ainda mais, a pesquisa também traz uma consideração inquietante: são os próprios instrumentos de avaliação da qualidade do ensino que podem contribuir para este adoecimento.

E agora, quem ainda quer ser professor com esta perspectiva pela frente?

Parabéns a Luiza, pelo excelente trabalho acadêmico e por mostrar que a necessidade de repensar a educação brasileira é mais urgente e complexa do que a invenção de um slogan.

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